domingo, 25 de novembro de 2007

Halloween - de John Carpenter (1978)

John Carpenter é um dos meus realizadores favoritos. Cada um dos seus filmes (até os mais recentes, ao contrário do que muitos dizem) são fantásticos e melhores do que muito do que se faz em Holywood (Carpenter é um dos realizadores que mais foge ao sistema, tendo já feito alguns filmes para estúdio mas sendo más experiências). Este Halloween foi a sua terceira longa-metragem (depois de Dark Star e Assault on Precinct 13 - dois filmes fantásticos!) e a sua primeira viajem dentro do género do terror (do qual se tornaria um mestre). Resultado: Magistral! Carpenter tem uma realização fabulosa (o plano sequência inicial é soberbo), uma banda-sonora das melhores que já foram feitas (o tema principal é um clássico) e que é composta pelo próprio Carpenter (algo que faria em quase todas as suas obras), uma revelação (Jamie Lee Curtis, no papel que lhe daria a alcunha de A Rainha dos Gritos), um grande actor veterano (Donald Pleasence como o sinistro Dr. Loomis) e uma atmosfera misteriosa, assustadora e cativante. A personagem de Michael Myers (mais um mito do cinema de terror) está muito bem conseguida (sem dizer uma única palavra consegue causar bastantes arrepios). Carpenter não cria aqui um filme violento mas sim um filme de terror psicológico onde a imaginação do espectador ganha asas nas sequências em que Michael mata as suas vitímias. Ou seja, temos aqui um slasher film sem gore.
Este é um dos filmes que os filmes de terror de hoje em dia tentam ser. Um dos filmes mais influentes da história do cinema e que mudou para sempre o cinema independente americano (foi feito por uma ninharia e tornou-se num grande êxito de bilheteira, sendo considerado um dos filmes mais lucrativos de sempre). E aquele tema principal... Causa medo ao susto! O tema é a personagem de Michael Myers. Uma vez mais (mas aqui através da música), Carpenter consegue colocar-nos dentro de Michael, tal como o fez na sequência inicial e da do fim.

Soberbo! Um dos verdadeiros clássicos de sempre.
P.S.: A ver vamos, o que Rob Zombie nos preparou no seu remake, sendo ele um proclamado verdadeiro fã da obra de Carpenter. Mais um aparte: estupidamente e sem qualquer tipo de aviso, o remake de Halloween foi adiado. Para quando, não sei. Mais informações quando as tiver.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é este é um filme que "alguem" vai ter que me empretar, pois só assim saberei e puderei comentar este filme!! São poucos os filmes de terros k causam-m arrepios, vamos a ver vamos se este vai ser um dos que me iram saltar do sofá de susto!
em relação a musica..só posso dizer que esta soberba!! está muito boa mesma, esta mesmo direccionada para um filme de terror!
só posso concluir k uma boa realização com uma boa banda sonora, transforma-se num dos melhores filmes da época!
*Tânia

JoÃoP disse...

Cumé tudo fino?
Já reparaste que o famoso plano sequência inicial começa no "céu"? Como se a maldição viesse de cima... e não de baixo. Portanto aquilo que vemos não é um plano subjectivo do rapaz Michael Meyers, é algo mais que isso.
Carpenter é, dos vivos, dos mais subtis dos realizadores (em termos de contexto). Como é vulgar dizer-se é um dos últimos dos clássicos (o outro é o madeirense de leste, ou seja Eastwood).

 

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