sábado, 27 de setembro de 2008

Mirrors - de Alexandre Aja (2008)

Alexandre Aja trouxe-nos anteriormente Haute Tension (filme de terror fancês que ainda não vi e dizem ser bastante bom) e o bastante competente remake de The Hills Have Eyes. Eregressa agora com este Mirrors, um remake de (novamente) um filme japonês). Aja aqui conta com Kiefer Sutherland (o grande Jack Bauer de 24) como protagonista.
A história é simples: um ex-polícia encontra trabalho como segurança num velho centro comercial, devastado por uma tragédia. E após iniciar o seu trabalho lá, descobre que algo de estranho se passa, especialmente com os espelhos.

Aja já nos mostrou ser um realizador de terror bastante competente mas aqui dá um passo em falso. Primeiro, porque Mirrors acaba por ser mais um thriller com algumas cenas violentas do que um filme de terror em si: o filme baseia-se bastante na investigação de Ben (Sutherland) sobre o mistério dos espelhos e dos seus reflexos assassinos. Pelo meio, somos presenteados com algumas sequências muito bem conseguidas (a da banheira está extraordinária). No entanto, a nível de trama, o filme acaba por cair no cliché do costume, ou seja, o motivo de tudo isto acontecer já o vimos várias vezes em filmes semelhantes, sendo então este o grande problema do filme (para além de duas interpretações péssimas, as quais já irei referir de seguida).

A nível de interpretações, Sutherland está bem por aqui, conseguindo separar-se da imagem cónica de Jack Bauer (algo que não conseguiu fazer em The Sentinel, o medíocre thriller que conta com Michael Douglas, onde Sutherland praticamente fazia de Jack Bauer mais calmo) e consegue agentar o filme. Quanto a Paula Patton (que vimos anteriormente em Dej Vu), que aqui interpreta a mulher de Sutherland, é aquilo a que chamo um grande erro de casting, pois não consegue trazer dimensão à personagem, nem sequer é convicente a interpretar a mesma. Isto para não falar do miúdo que interpreta o filho de ambos!

Resumindo, Mirrors é um thriller (e não bem um filme de terror como se esperaria) bastante vulgar, com uma boa ideia por trás e com algumas sequências bem conseguidas (a sequência final está muito boa)e um Kiefer Sutherland em forma. O filme sofre de duas interpretações más (muito vulgar nos filmes de terror), uma ideia boa que se acaba por tomar o caminho do cliché e uma luta final algo descabida. Acaba por ser um thriller sobrenatural mediano. E Alexandre Aja consegue fazer melhor.

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