sábado, 18 de outubro de 2008

Terminator 2: Judgement Day, de James Cameron (1991)

Após o sucesso de The Terminator, a sequela era invitável. Mas inda demoraram 7 anos até que esta surgisse. Durante esse tempo, James Cameron, o realizador e criador deste universo, estabeleceu-se como um dos grandes realizadores americanos com The Abyss e a segunda parte de Alien, aclamada como uma sequela exemplar e totalmente fiel mas diferente do filme original de Ridley Scott.
Após essas experiências, Cameron equipou-se para este Terminator 2, contando novamente com Arnold Schwarzenegger (desta vez o herói) e Linda Hamilton (Michael Bihen entratambém numa breve cena, apenas disponível na edição especial do filme que é a única versão disponível em DVD nacional).
Sarah Connor está num hospício mental, sendo considerada louca devido à sua história, e o seu filho John Connor (o então estreante Edward Furlong) está com uma família adoptiva. Novamente, dois seres são enviados do futuro (desta vez dois cyborgs): um com a intenção de matar John Connor e o outro com a missão de o proteger. Mas o cyborg mais avançado (Robert Patrick num excelente Terminator), que tem a missão de eliminar o jovem, é um protótipo mais avançado, constituído por metal liquído e capaz de tomar a forma de outros humanos. E assim, uma corrida pela vida tem tempo. E, tal como no primeiro filme, o resto é história.
Cameron volta a escrever o argumento (juntamente com William Wisher) e regressa ao universo que criou com uma história mais complexa e desenvolvida. Enquanto nos dá um espectáculo de acção e de efeitos especiais (técnica que foi totalmente revolucionária neste filme), Cameron dá-nos também um estudo sobre o comportamento humano e a natureza do mesmo, ao mesmo tempo que um ser sintético (Schwarzenegger), aparentemente incapaz de assimilar sentimentos e compreensão dos comportamentos humanos, torna-se mais humano, através da sua interacção com John Connor, um adolescente.
Terminator 2 é uma das raras sequelas que supera o original em termos de argumento, acção e qualidade. Um verdadeiro exemplo do que uma sequela deve ser: um complemento fundamental ao filme anterior, onde a história contada no capítulo prévio prossiga. Nesta sequela também conseguimos ver a personalidade de Sarah Connor, uma personagem que foi desenvolvida dum filme para o outro e cujo desenvolvimento prossegue neste capítulo (e que se tornou num verdadeiro fenómeno entre o público feminino, tal como outras personagens femininas de outros filmes de Cameron, especialmente Ripley de Aliens, a primeira heroína a sério do cinema). E Cameron deu-nos assim um dos melhores blockbusters de sempre. Um verdadeiro clássico de acção e ficção científica. E um êxito estrondoso de bilheteira (e com frases que ficaram para a história, como 'Hasta La Vista, Baby', a grande frase de Schwarzenegger antes de dar o [aparente] golpe final). A não perder, quem ainda não descubriu (e tal parece impossível).

Nota: apenas um defeito e não do filme: a edição portuguesa, que contém a excelente versão mais longa do filme, tem uma das priores legendagens de sempre, com frases saídas dum filme de época. Exemplo: os protagonistas do filme, dentro dum prédio cercado pela polícia, dizem: Let´s get out of here (algo assim parecido, pois não decorei). A legenda lê-se: Escapemos. Algo triste de ver, especialmente num filme que teve tanta procura aquando do seu lançamento em DVD.

Trailer:

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