sábado, 29 de novembro de 2008
Cabeçalho e 1º aniversário
No passado dia 21 de Novembro, este modesto cantinho cibernético fez um ano de existência. Apesar da pouca afluência (e dum período em que esteve parado) o Horror Icons vai prosseguir. A ideia principal é dar-vos a conhecer (ou lembrar) de certas obras (boas e más) ligadas ao cinema de terror, ficção científica e fantástico. O blog irá tentar remodelar-se com o tempo e o primeiro sinal de mudança é este novo cabeçalho (novamente, como no Movie Wagon, o Photoshop é uma maravilha) e espero que gostem e dêem a vossa opinião (e já agora, se alguém souber retirar aquele bannerzito do pimp my blogs, agradecia. É que por mais que tente, não sai e estraga-me o cabeçalho). Agradecido e espero que continuem a visitar o blog e espalhem a palavra.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Videodrome, de David Cronenberg (1983)

Cronenberg assina assim um extraordinário filme de ficção científica, com contornos bizarros e muito bem conseguidos, assumindo-se como uma critíca ao poder da televisão e aos seus conteúdos cada vez mais explicítos e estranhos: o que é mau e degradante como forma de entretenimento de massas. E tal programa tem a habilidade de causar ilusões e controlar a mente e os actos duma pessoa com essas ilusões (a televisão tinha sido acusada de hipnotizar as pessoas e os seus programas muitas vezes são acusados de influenciar actos de pessoas). Videodrome acaba por ser uma análise a este universo da televisão e do seu poder e polémica. Mais uma obra-prima de Cronenberg.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0086541/
domingo, 9 de novembro de 2008
Scanners, de David Cronenberg (1981)

David Cronenberg escreve e realiza este filme de ficção científica violento e acaba por nos dar um clássico do género, com várias cenas memoráveis (a primeira morte do filme é uma das mais violentas, mais realistas e mais conhecidas do cinema, a sequência da auto-destruição por telefone está fenomenal) e com um argumento muito bem conseguido. Tudo acompanhado da habitual composição de Howard Shore. E aquele final é sublime. Enfim, este é um filme a ser descoberto por quem ainda não o conhece. Essencial.
Deu origem a duas sequelas (pelo que dizem, fracas) e a um spin-off: Scanner Cop (pelo que dizem, também fraco).
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0081455/
Trailer:
sábado, 8 de novembro de 2008
Os renegados do Diabo (The Devil's Rejects), de Rob Zombie (2005)

Após a casa da família demente do primeiro filme ser atacada pela polícia, Baby e Otis conseguem fugir, dando assim início a uma caça ao homem imparável. Pelo caminho, os dois assassinos pedem ajuda ao pai de família que é, surpresa das surpresas, Captain Spaulding, interpretado por Sid Haig. A família é perseguida por um xerife (William Forsythe)em busca de vingança, já que o seu irmão foi morto por eles (acontecimento visto no primeiro filme). A família psicopata tem assim de fugir à vingança do xerife e à polícia que os persegue, enquanto continuam com a onda de mortes brutais.
Esta é uma sequela totalmente diferente do original: tal como Zombie diz em entrevista, uma sequela seria colocar mais um grupo de jovens na casa da família e tentarem sobreviver ao pesadelo. Em vez disso, Zombie concentra-se nas 3 personagens mais famosas do primeiro filme e segue a sua história.
Zombie aqui prova finalmente que poderá tornar-se um dos grandes realizadores do género: consegue criar um argumento e um filme bastante superiores ao original, mantendo-se fiel às personagens que havia criado antes mas também mostrando um desenvolvimento das mesmas. A realização de Zombie está bem conseguida e prova que é um dos cineastas de terror mais originais da actualidade, tentando não cair no cliché e dando momentos memoráveis.
Os renegados do Diabo é uma obra de terror (novamente) politicamente incorrecta, colocando a moral de lado, e é extremamente violento. No entanto é um filme criativo e muito bem conseguido, com várias referências ao cinema de terror (e não só: o nome de Captain Spaulding é tirado duma personagem interpretada por um dos Irmãos Marx, como é revelado no filme) e com um sentido de humor bem negro e macabro (e um verdadeiro filme Grindhouse).
Uma das melhores obras de terror recentes e já considerado filme de culto.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0395584/
Trailer:
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
A Casa dos 1000 cadáveres (House of 1000 Corpses), de Rob Zombie (2003)

A Casa dos 1000 Cadáveres é a primeira longa-metragem do músico Rob Zombie. Zombie assina, assim, um filme totalmente psicadélico e louco e que acaba por não agradar a todos. No entanto, num mar de filmes de terror sem originalidade alguma e recheados de clichés, acaba por ser uma lufada de ar fresco encontrar um realizador com um bom olhar e que nos traz um filme algo arriscado. Zombie tem aqui uma realização por vezes bem conseguida (não sempre mas tem bons momentos) mas por vezes dá um aspecto de videoclip ao filme, algo que acaba por ser desnecessário. Zombie dá ainda referências a várias obras de ficção científica e de terror (Creature From The Black Laggon, Planet of the Apes, etc.). O filme é obviamente influenciado por obras clássicas do género do terror como Masscre no Texas, de Tobe Hooper (a família demente, por exemplo) e Halloween, de John Carpenter (o filme passa-se em Halloween e a forma como nos é dito que entrámos nesse dia, a meio do filme, é idêntica à obra de Carpenter, do qual Zombie é grande fã e que depois realizou o remake, já aqui falado).
Resumindo, A Casa dos 1000 Cadáveres é uma obra diferente dentro do cinema de terror americano recente e acaba por ser mais bem conseguido que muitos filmes que por aí andam, que são sempre mais do mesmo. No entanto, não é nenhuma obra-prima nem nenhum clássico. Apenas uma obra políticamente incorrecta e um filme difícil de digerir por muita gente, de certo. A personagem (aqui secundária) de Captain Spalding (muito bem interpretada por Sid Haig, um dos Grandes do Exploitation e dos filmes de série Z e B) tornou-se um ícon e o filme tornou-se um objecto de culto, tendo dado origem a uma sequela, Os Renegados do Diabo, também escrito e realizdo por Zombie e tendo melhores critícas e resultados e lançando assim a carreira de Zombie como realizador de culto e de renome dentro do género.
Estev presente no Fantasporto de 2004, vencendo o prémio de melhores efeitos especiais.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0251736/
Para mais informações: http://www.bocadoinferno.com/romepeige/house1000.html
Trailer:
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Opera (Terror at the Opera), de Dario Argento (1987)

Argento regressa com este filme de terror e apresenta-nos alguns elementos que se tornaram imagem de marca do realizador: o gore, as mortes abusadas e violentissimas, o mistério de descobrir quem é o assassino e a perspectiva em primeira pessoa do mesmo. O problema de Opera é ter um argumento algo fraco e ter algumas cenas mal conseguidas. No entanto, os pontos fortes compensam os fracos e Argento dá-nos algumas sequências brilhantes de suspense (a do tiro pelo buraco da porta e o ambiente de tensão criado até ai e o ataque dos corvos na opera estão fantásticos) e consegue sempre prender-nos ao filme.
Opera teve vários problemas de produção, começando com a desistência de Helen Mirren mesmo antes das filmagens terem início até aos vários acidentes nos bastidores. Argento chegou mesmo a dizer que foi uma das piores experiências que teve devido a tais problemas. No entanto, conseguiu criar uma boa obra de suspense e gore, apesar de não ser das melhores obras do mestre.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0093677/
Trailer:
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Phenomena, de Dario Argento (1985)

Dario Argento mistura em Phenomena (ou Creepers, título americano) os elementos do 'Giallo' (duas personagens juntam-se para resolver os crimes e temos ainda o inspector da polícia no caso) com o sobrenatural (que já tinha explorado em obras anteriores como Suspiria e Inferno). Argento recorre ainda um grupo de músicos, compositores e bandas para criar a banda-sonora do filme (penso que nunca houve tanta gente conhecida a fazer banda-sonora para um só filme), sendo eles: Bill Wyman; Iron Maiden; Motorhead; Simon Boswell; Andy Sex Gang; The Goblin e Claudio Simonetti. No elenco, encontramos Jennifer Connelly (num dos seus primeiros papéis, após Once Upon A Time In America, de Sergio Leone, tendo assim um excelente início de carreira), Daria Nicolodi, Dalila Di Lazzaro, Patrick Bauchau e Donald Pleasence.
Phenomena é, assim, mais uma excelente obra de Argento e uma obra indispensável.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0087909/
Trailer:
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Tenebrae, de Dario Argento (1982)

Após sair um pouco do 'Giallo' e explorar temas sobrenaturais (com os dois primeiros capítulos da sua Trilogia das Mães: Suspiria e Inferno), Argento regressa então, em 1982, ao género que ajudou a criar e que o tornou conhecido: 'Giallo'.
Aqui temos a história dum escritor americano de livros policiais que, ao chegar a Roma, depara-se com homicídios iguais aos que estão descritos no seu novo livro, Tenebrae.
Argento apresenta-nos aqui mais um thriller como só ele pode fazer. Apesar de ser um 'Giallo' inferior aos seus anteriores, ainda assim é um excelente exercício visual e com boas sequências de suspense. Argento apresenta-nos uma orgia de sangue (especialmente na cena final), com cenas extremamente violentas (imagem de marca do realizador).
Tenebrae é, como disse, um 'Giallo' inferior a The Cat O'Nine Tails e Deep Red (extraordinário filme, por muitos considerado a obra-prima de Argento, juntamente com Suspiria, e o melhor 'Giallo' de sempre) mas ainda assim é Argento puro. E recomenda-se vivamente.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0084777/
Trailer (pode conter algum gore):
domingo, 2 de novembro de 2008
Profondo Rosso (Deep Red), de Dario Argento (1975)

Um pianista tenta resolver um crime do qual foi testemunha e, assim, torna-se uma potencial vitíma do brutal assassino.
Profondo Rosso é um filme visualmente bem conseguido e é um filme violento, com muito gore e bastante mistério. Argento consegue criar, novamente, um ambiente arrepiante e de verdadeiro suspense, através dos planos, dos movimentos de câmara e da banda-sonora, composta por Giorgio Gaslini e interpretada pelo grupo Goblin (a primeira colaboração entre o grupo e Argento).
Um grande filme de terror e um filme obrigatório.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0073582/
Trailer:
sábado, 1 de novembro de 2008
Suspiria, de Dario Argento (1977)

Suspiria é um filme bastante violento mas também é um delírio visual, com um enorme sentido de estética, cores bem vivas (quase berrantes), cenários fantásticos e uma bela fotografia. Argento concilia todos esses aspectos com o gore e a violênciade forma brilhante. Quanto à banda-sonora, composta pelo grupo Goblin (em associaçõ com Argento himself) é sublime, ajudando a criar o ambiente assombroso e arrepiante necessário ao filme. Dario Argento considera este o primeiro filme da sua Trilogia das Mães, composta por este Suspiria, Inferno (1980) e Mother of Tears (2007).
Suspiria é um classico absoluto do terror e uma obra fundamental do cinema em geral.
Nota: Está agendado um remake americano de Suspiria (infelizmente) para 2009, realizado por David Gordon Green, o realizador de Snow Angels (filme americano indepndente ainda sem data de estreia á, com Sam Rockwell e Kae Beckisale) e de Pineapple Express (sim, o tal com Seth Green, James Franco e Danny McBride que vai directo para DVD).
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0076786/
Trailer americano (que apresenta-se como uma experiência assustadora, ideal para o público americano):
The Omen, de Richard Donner (1976)

Um casal (um embaixador e a sua esposa) começam a presenciar eventos bizarros a rodear o seu filho, Damien, nascido a 6 de Junho de 1971, às 6 horas manhã. E a própria criança começa a demonstrar um comportamento estranho e tem uma babysitter sua protectora. Como é óbvio, Damien é o filho do Diabo e o embaixador (Gregory Peck) tem de tentar impedir que tragédias maiores ocorram.
Richard Donner realizou aqui o seu primeiro grande trabalho no cinema (depois viria Superman e, mais tarde, Lethal Weapon), contando no elenco com actores como o lendário Gregory Peck, Lee Remick, David Warner e o estreante Harvey Stephens,a criança que interpreta Damien de forma absolutamente arrepiante. Temos ainda a espantosa banda-sonora de Jerry Goldsmith (vencedora de Óscar) que muito ajuda para criar o ambiente perturbador do filme. Donner consegue criar uma atmosfera assombrosa e cria um filme assustador e de grande terror psicológico e violento, sendo este The Omen uma das obras referência do cinema de terror americano dos anos 70, e um clássico do género.
A Fox estreou o filme a 6 de Junho de 1976, para coincidir com a data que se acreditar ser o número do Diabo: 666. O resultado foi um êxito enorme e começando assim uma saga que se prolongaria por mais dois filmes e um filme feito para televisão, seguindo sempre o percurso de Damien ao poder (no terceiro filme, temos já um Damien adulto, interpretado por Sam Neill). Em 2006, estreado também a 6 de Junho, tivemos um remake deste clássico (realizado por John Moore, de Max Payne, com Liev Schrieber e Julia Stiles) mas foi, como costume, um remake pobre.
The Omen, de Richar Donner é um clássico do género e um filme assustador e com uma das mais conseguidas e brutais cenas de morte da história do cinema (a decapitação com o vidro). Essencial.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0075005/
Trailer:
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